15/10/2016

A MENINA TEM O DIREITO À FANTASIA

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   Ontem eu estava na 25 de Março, comércio popular aqui em São Paulo, e muitas haviam crianças escolhendo fantasias, então eu observei que as meninas menores ficavam encantadas com as princesas e suas coroas, fiquei nas lojas de fantasias somente para observar esses comportamento e como os olhinhos delas brilhavam, então voltei no tempo e não me vi com roupas fofas de princesa e nem brincando com bonecas, me bateu uma certa raivinha e liguei pra minha mãe pra saber por que ela não dava bonecas e roupas fofas, imaginei que por ela  ter sido uma mulher que teve que batalhar por seu espaço muito cedo enfrentando o machismo e se tornando uma advogada quando as mulheres eram criadas apenas para serem donas de casa, ela tivesse retirado de mim o direito à fantasia, foi então que ela me explicou que sim ela comprava roupas fofas e bonecas lindas mas as roupas eu rasgava e as bonecas eu cortava as barrigas pra saber o que tinha dentro e arrancava suas cabeças, claro que não acreditei afinal mães exageram, então perguntei pra minha irmã mais velha que confirmou o que eu ouvi da minha mãe e ainda me disse que isso é coisa de criança, sim criança da Família Addams, sério nunca mais vou assistir ao filme Toy Story, mas voltando ao assunto, com tanta polêmica encima das princesas eu me perguntei qual o direito que nós mulheres adultas temos em impedir nossas meninas de gostarem delas? Elas são crianças e no mundo delas tudo é fantasia, nós sabemos que o mundo real é muito diferente, porém cabe a nós protegê-las dos monstros reais e prepara-las conforme elas forem crescendo para enfrenta-los também quando adultas, mas enquanto forem crianças vamos deixar nossas meninas serem o que quiserem ser, que seja princesa com coroa de papel e vestido feito de algum pano enrolado no corpo ou uma Vandinha Addams como eu fui e assim como meus pais com muito amor foram me ensinando que eu não podia crescer cortando barrigas e arrancando cabeças, ensinemos às nossas meninas, conforme elas forem crescendo, que o mundo não é um conto de fadas e elas podem ser o que desejarem ser, elas podem ser muito mais que somente princesas. 

08/07/2016

PROJETO VOLUNTÁRIO GENTILEZAS CONTRA A VIOLÊNCIA



  Ontem, dia 07/07/2016, eu comecei meu projeto voluntário em ir pra rua fazer o corpo a corpo junto às mulheres encorajando-as a denunciar agressão doméstica. 

  Fui para Av. Paulista entregar rosas com a seguinte mensagem: ”Você não é culpada. Não se cale. Quem tem que se envergonhar é o agressor e não a vítima. Denuncie 180.VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA. Facebook: GRAM-Grupo de apoio à Mulher -WhatsApp:(21) 993599517”. 

  Minha abordagem foi para mulheres aparentando estarem entre 20 à 50 anos e eu simplesmente perguntava se elas aceitavam uma rosa, para minha surpresa muitas não aceitaram sendo que, as mais novas na faixa etária entre 20 à 30 anos foram mais receptivas e conversavam comigo sobre o assunto quando liam a mensagem que a rosa trazia e quando não aceitavam sorriam e agradeciam, já as mais maduras, essas em sua grande maioria simplesmente diziam não ou me ignoravam, as que receberam somente agradeciam com um obrigada bem sem ânimo, apenas 4 conversaram comigo.

  Minha impressão desta experiência foi que as mulheres mais maduras parecem não reconhecer uma atitude de gentileza, elas parecem estar tão focadas com seus afazeres ou problemas que não observam quando alguém resolve agradá-las, contrário das mais jovens.

  Esta experiência só me motiva a continuar meu projeto, pois acredito que o mundo e principalmente as mulheres estão precisando de mais gentilezas.

21/05/2016

NÃO SE TORNE VÍTIMA DO AMOR ASSASSINO

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  Moça se ele a agrediu por quaisquer motivos e depois veio todo carinhoso pedindo desculpas dizendo que fez por amor, NÃO ACREDITE, ele é um agressor e fará outras vezes.

 Saia desse relacionamento antes que seja tarde, não se torne mais uma vítima de amor assassino!

16/05/2016

MOÇA NÃO SEJA VÍTIMA DA VIOLÊNCIA PATRIMONIAL

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Moça, só porque você está em um relacionamento não significa que você terá que abrir mão de seus sonhos para viver os sonhos dele, você ainda é um indivíduo.


Se ele não a deixa estudar,
Se ele não a deixa trabalhar,
Se ele não apoia seu crescimento,
Se ele a quer dependente dele,
É porque ele não lhe merece.


Busque alguém que fique feliz com suas vitórias, busque alguém que incentive seu progresso.
Não se anule.
Não seja mais uma mulher vítima da violência patrimonial.

15/05/2016

MOÇA NÃO SEJA MAIS UMA VÍTIMA DA VIOLÊNCIA

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Moça, se ele não te respeita, 
Se ele te ofende, 
Se ele segura teu braço com força, 
Se ele quer escolher suas roupas, 
Se ele te diminui, 
Se ele a proíbe de ter amigos,
Se ele é muito possessivo,
Se você tem medo dele, 
É por que ele não te ama, ele a vê como objeto, ELE NÃO MERECE SEU AMOR.

Larga deste traste antes que você vire estatística e seja mais uma mulher agredida !

06/05/2016

QUANDO ME TORNEI MÃE CONHECI O QUE É VIVER


  Lendo meu diário de adolescente, em muitas páginas eu escrevo sobre meu filho, um menino que eu sonhava ter.


  Quando eu engravidei pela primeira vez foi como um sonho se realizando e crescendo dentro de mim, finalmente eu teria meu filho que se chamaria Kawan, eu me orgulhava da minha barriga e quando meu filho começou a mexer senti uma alegria sem palavras, mas um dia ele parou. Eu estava nos 6 mês de gravidez quando fui ao médico preocupada, e lá eu tive a notícia que meu tão sonhado bebê estava morto dentro de mim, senti uma dor indescritível, naquele momento da minha vida meu bebê era meu único motivo de sorrir e ele não estava mais lá. No dia 12 de Junho de 1990 eu fui internada e fiz um parto de um bebê morto. Achei que fosse enlouquecer ,não aceitava sair da maternidade sem meu filho nos braços como as outras mulheres, então sai com um boneco.


  O motivo da perda do bebê foi o envelhecimento precoce da placenta, por ser o primeiro filho fui submetida a vários exames e os resultados foram meu pior pesadelo, o médico me informou que eu tenho um problema onde meu organismo não reconhece o feto e por esse motivo eu poderia não ser mãe. Esse foi o pior diagnóstico da minha vida.


  Inconformada, engravidei novamente, uma gravidez cheia de cuidados e medos. No dia 12 de Junho de 1991 eu estava indo a uma consulta de rotina aos 6 meses de gestação,  triste pois lembrava da perda do Kawan. Após ter sido examinada, o médico me informou que meu colo uterino estava dilatado, o que significava que eu estava perdendo meu filho novamente, eu não acreditava que aquele pesadelo estava se repetindo, não podia ser verdade, eu perdi completamente a razão com aquela notícia, foi então que vendo meu visível desespero, o médico entrou em contato com a equipe da Unicamp que aceitaram cuidar de mim. No mesmo dia fui encaminhada à Unicamp de ambulância onde fui submetida a uma cirurgia de emergência chamada cerclagem, embora os médicos não tenham me garantido que conseguiriam salvar meu bebê, a cirurgia foi um sucesso.


  Minha vida resumia-se em repouso absoluto e consultas 3 vezes por semana na Unicamp, onde eu passava por vários exames como ultrassonografia, medição do sangue na placenta, medição de pressão entre outros, mas eu não me importava com todos os exames porque eu sentia meu bebê dentro de mim crescendo, eu conversava o tempo todo com ele, pedia  para ele ser forte e lutar junto comigo e juntos íamos vencer.    Com todos os cuidados e empenho dos profissionais da Unicamp minha gravidez estava evoluindo bem e o parto estava previsto para o dia 24 de Setembro. No dia 03 de Setembro fui para mais uma bateria de exames lembrando que esta data seria o dia do nascimento do bebe que faleceu no ano anterior, pra minha surpresa e para surpresa de toda a equipe médica meu filho adiantou seu nascimento e eu estava entrando em trabalho de parto, neste momento eu decidi que meu filho, até então sem nome, chamaria Kawan , o mesmo nome daquele bebe que eu perdera um ano atrás, pois para mim ele havia voltado. Minha internação foi feita às pressas, fizeram todos os procedimentos necessários e após inúmeras contrações me levaram para a sala de parto, me aplicaram anestesia e aguardamos o momento tão esperado, a chegada de Kawan. No momento em que meu filho estava nascendo, dentro da sala e fora dela, estavam a maioria dos médicos e enfermeiros da Unicamp que lutaram comigo e com meu filho para que aquele momento estivesse acontecendo e quando Kawan começou a nascer eles cantaram a música musica vamos brincar de índio em homenagem ao meu filho, este sem dúvidas alguma foi o melhor momento da minha vida, sentir o tão sonhado filho em meus braços não tenho palavras para descrever a emoção. Kawan foi levado para exames e eu teria que passar pelos procedimentos pós parto, me aplicaram um medicamento chamado HISOCEL, neste momento meu corpo começou a tremer, minha visão ficou turva, eu não conseguia me mexer, era um choque anafilático, enquanto eu via vultos dos especialistas correndo em minha volta para reverter o quadro, eu só pensava que estava morrendo e que meu pequeno Kawan ia ficar sem mãe, aquilo não era justo. Felizmente conseguiram reverter o quadro e a primeira coisa que eu fiz quando consegui recuperar minha fala foi pedir para ver meu filho, o que fizeram imediatamente.


  Anos depois eu engravidei mais 2 vezes sem sucesso, então resolvi aceitar meu problema e não engravidar mais, já me sentia abençoada por ter meu filho.


  O nascimento do meu filho me trouxe uma razão pra viver, me trouxe esperanças e forças para lutar, todas as vezes que eu me sentia fraca e achava que não suportaria as dificuldades da vida era em seus olhos que eu me fortificava, hoje, apesar da pouca idade, ele já é um homem maduro, responsável e consciente de seus atos, continua sendo minha fortaleza, pois sempre que preciso de uma palavra amiga é nele que eu busco, ele me salvou a vida, ele é meu melhor amigo, ele é meu motivo de orgulho, eu não sou somente sua mãe e amiga, mas também sou sua fã.


  Quando eu paro pra pensar o que ser mãe significa, para mim é algo tão sagrado que transcende a este plano, ser mãe pra mim significa luz, ser mãe pra mim significa salvação, ser mãe pra mim significa vida, quando eu dei vida ao meu filho eu comecei a viver.


19/04/2016

OS TIPOS DE ABUSO CONTRA A MULHER

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  A violência doméstica contra a mulher vai muito além da agressão física ou do estupro, a Lei Maria da Penha classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral e violência psicológica.

  Conheça algumas formas de agressões que são consideradas violência doméstica no Brasil:

1: Humilhar, xingar e diminuir a autoestima
Agressões como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação a mulher constam como tipos de violência emocional.


2: Tirar a liberdade de crença
Um homem não pode restringir a ação, a decisão ou a crença de uma mulher. Isso também é considerado como uma forma de violência psicológica.


3: Fazer a mulher achar que está ficando louca
Há inclusive um nome para isso: o gaslighting. Uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade.

4: Controlar e oprimir a mulher
Aqui o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, como querer controlar o que ela faz, não deixá-la sair, isolar sua família e amigos ou procurar mensagens no celular ou e-mail.

5: Expor a vida íntima
Falar sobre a vida do casal para outros é considerado uma forma de violência moral, como por exemplo vazar fotos íntimas nas redes sociais como forma de vingança.

6: Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
Nem toda violência física é o espancamento. São considerados também como abuso físico a tentativa de arremessar objetos, com a intenção de machucar, sacudir e segurar com força uma mulher.

7: Forçar atos sexuais desconfortáveis
Não é só forçar o sexo que consta como violência sexual. Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, como a realização de fetiches, também é violência.

8: Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar
O ato de impedir uma mulher de usar métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte ou o anticoncepcional, é considerado uma prática da violência sexual. Da mesma forma, obrigar uma mulher a abortar também é outra forma de abuso.

9: Controlar o dinheiro ou reter documentos
Se o homem tenta controlar, guardar ou tirar o dinheiro de uma mulher contra a sua vontade, assim como guardar documentos pessoais da mulher, isso é considerado uma forma de violência patrimonial.

10: Quebrar objetos da mulher
Outra forma de violência ao patrimônio da mulher é causar danos de propósito a objetos dela, ou objetos que ela goste.

  Tais violências geralmente têm como agressor o parceiro íntimo das mulheres e deixam marcas psicológicas muitas vezes irreversíveis, muitas das mulheres desenvolvem o transtorno de estresse pós-traumático, transtorno esse que é o mesmo encontrado em soldados que retornam da guerra.

  Algumas mulheres, como eu, conseguem superar o trauma enfrentando o problema, no meu caso eu busco ajudar outras mulheres vitimas de agressão a se libertarem e se erguerem, pois através do meu depoimento de sobrevivente da violência muitas se encorajam a libertar-se de seus agressores, outras precisam de tratamento psicológicos por longos períodos e até pela vida inteira.

  Mulher, não permita que seu parceiro íntimo cometa tais torturas contra você, ao primeiro sinal de violência denuncie, vá à delegacia da mulher mais próxima ou ligue 180, perca o medo e conquiste a vida !!



14/04/2016

O PRAZER DE SER MULHER


O PRAZER DE SER MULHER

 E àquelas que ousaram pensar, se expressar, amar e se libertar, foram condenadas à morte por aqueles que as temiam, mas suas forças foram maiores e transcenderam ao tempo no sangue de suas descendentes.

 Somos temidas porque dizemos não à submissão, somos temidas porque não tememos o prazer, somos temidas porque conhecemos o poder feminino, somos temidas porque somos livres.

 Em minhas veias corre o sangue daquelas que foram queimadas e através deste sangue, pecaminoso para alguns, conquistei a liberdade quando estive no inferno, conquistei o respeito de quem foi meu diabo, conquistei o direito de escolher a quem amar, conquistei o direito à liberdade, conquistei o direito de ser Bruxa, conquistei o direito a não temer ser mulher.


Kátia Osório

08/03/2016

Hoje dia 08 Março - Dia Internacional das Mulher

(Imagem retirada da internet)

Hoje dia 08 Março - Dia Internacional das Mulher.

 Agradeço as homenagens à nós mulheres, porém mais que flores e poemas, queremos RESPEITO.

 Queremos o direito à liberdade, queremos poder andar na rua sem ouvir grosserias e sermos molestadas, queremos ter salários equiparados aos dos homens, queremos COMPANHEIROS e não DONOS, queremos uma vida sem violência doméstica, queremos poder criar nossos filhos com dignidade, queremos o direito sobre nosso corpo, queremos o direito à nossa vida.

 Nossa luta ainda é grande, ainda hoje milhares de mulheres estão nas mãos de homens agressores, muitas morrem antes de conhecer a liberdade, que elas sejam honradas com a nossa persistência na luta, para que nossas filhas, netas, bisnetas e todas as gerações de mulheres possam respirar a liberdade para ser mulher!!

04/03/2016

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA TAMBÉM É AGRESSÃO

(imagem retirada da internet)

  Muitas pessoas acreditam que a violência doméstica é somente quando há agressão física, o que não é verdade, existe a agressão moral e psicológica.  

  Essas agressões deixam marcas profundas, isso por que o agressor mina a autoestima da mulher fazendo com que ela acredite ser incapaz de tomar suas próprias decisões, ele a diminui com palavras e ela passa a aceitar que não tem valor e que merece ser tratada com descaso e com violência, que não sobreviverá sem ele, então por medo e se sentindo um lixo a mulher não reage e acaba por aceitar esse tratamento desumano e violento.

  Esse abuso passa despercebido pela sociedade, afinal não existem hematomas aparentes, porém os hematomas estão escondidos, eles se escondem na alma da mulher, no seu íntimo, deixando-a refém de seu agressor.

  Mulher, não permita ser violentada desta maneira, não permita que seu esposo, namorado ou quaisquer outras pessoas faltem com respeito com você, grite ou tente lhe diminuir, não permita que retirem de você seu amor próprio e sua autoestima, ao primeiro sinal de violência procure ajuda, não se deixe aprisionar.

Ligue 180.

01/03/2016

Eu sou uma sobrevivente da violência doméstica - A morte de Kety

(imagem retirada da internet)

 Algumas pessoas me perguntaram por que eu resolvi contar a minha história, a resposta é para me libertar. 

 Passei muitos anos fingindo que nada tinha acontecido, tentei passar uma borracha encima do terror vivido, mudei  de Estado, a cor dos cabelos, através da musculação mudei meu corpo e até a cor dos meus olhos, mas eu revivia o inferno quando dormia através de pesadelos que me remetiam à minha vida passada, eu acordava assustada e me aliviava quando percebia que havia sido apenas um sonho ruim, mas esses fantasmas me assombravam sempre, então eu percebi que aquela menina, que a maioria conhecia como Kety, que era meiga, ingênua, cheia de sonhos e medos, havia sido assassinada covardemente, em seu lugar nasceu uma mulher forte, que contrário de Kety que se encolhia e chorava diante das agressões, levanta a cabeça e enfrenta o mundo pronto para guerrear, mas a Kety continuava ali sentadinha pedindo socorro e eu resolvi dar voz à ela.

 A morte de Kety não pode ficar em vão, isso porque outras meninas estão passando pelo mesmo sofrimento e terror que ela, e essas meninas precisam saber que existe sim vida sem agressões, que existe felicidade e que elas tem direito à essa felicidade, elas tem direito à viverem livres, e se eu, através da minha história, levar esperança e força para que essas milhares de Ketys conseguirem se libertar de seus agressores, estarei fazendo justiça à menina que um dia eu fui e que teve que amadurecer sozinha e à força.

29/02/2016

Eu sou uma sobrevivente da violência doméstica


  Quem acompanha meu Blog, e lê minhas opiniões formadas, nem imagina que esta mulher forte um dia já viveu o inferno vivido por milhares de mulheres que sofrem violência doméstica, por esse motivo vou contar de forma resumida a minha história.

  Minha história começa quando eu fui morar com meu namorado aos 21 anos, isso porque eu queria enfrentar a minha mãe, porém essa rebeldia me custou caro. Minha intenção era ficar somente por um tempo no apartamento dele e depois morar sozinha, porém ele criou uma espécie de obsessão por mim, e devido ao uso de drogas a coisa só piorava. Minha mãe voltou para Belém-PA e eu fiquei praticamente sozinha em Campinas-SP e como meu pai já era falecido, só me sobravam os irmãos, mas eu não podia contar com eles, pois meu agora dono ameaça matar minha família caso eu contasse o que ocorria em nossa casa eu se eu largasse dele.
  Minha vida eram surras, traições, humilhações e até estupros, hoje eu sei que quando uma mulher não quer ter relações sexuais e é forçada, é considerado estupro, porém aos 21 anos eu acreditava que era obrigada a manter relações por que ele era meu companheiro, este era um momento de tortura grande, por que eu buscava pensar em várias coisas como se minha alma quisesse sair do corpo para não sentir aquele pênis entrando no meu corpo. Quanto às surras, estas ocorriam por nada, ele simplesmente achava que eu tinha olhado para outro homem e me batia, ou quando eu perguntava onde ele tinha ido eu apanhava, ou simplesmente por que ele com delírios da droga achava que eu deveria apanhar, olho roxo era algo normal pra mim, e as desculpas que eu dava para as pessoas é que eu batia a cara no portão, na cama ou em qualquer lugar, mas é claro que as pessoas sabiam o que estava acontecendo, a família dele sabia o que ocorria, mas entre briga de marido e mulher ninguém mete a colher e eu estava com ele por que gostava de apanhar, como dizem mulher de malandro, mas ninguém nunca veio me perguntar se eu gostava, apenas julgavam.
Após 1 ano eu engravidei, mas devido a um problema do meu corpo perdi o bebe com 6 meses de gravidez, no ano seguinte engravidei novamente e com tratamentos consegui levar a gravidez a diante e tive meu filho que é minha vida. Na gravidez só não apanhei porque na minha casa estava morando uma senhora que me protegia, mas ela voltou pra casa dela e a vida continuou com surras, estupros e humilhações.
Quando meu filho estava com 7 anos eu já estava no limite, pensamentos de suicídio era constante, afinal eu já estava morta em vida, e só não o fiz pq pensava na dor do meu filho ao me ver morta e como eu deixaria ele com o pai? Então me enchi de coragem e disse que iria me separar e levei um baita soco na cara, ai a coisa só piorou, ele confiscou meu dinheiro, grampeou o telefone e me deixava trancada em casa, certo dia a porta estava aberta e então fui até o orelhão próximo para ligar para a tia dele, só que a porta estava aberta de proposito por que ele estava me observando, e na mente doentia ele acreditou que eu estava ligando para um suposto amante e neste dia ele me bateu muito, ele enfiou uma estava no meu rosto e dizia que iria me deformar para nem um outro homem olhar para mim, meu filho gritava e se meteu na frente e me protegeu. Na loucura ele me levou ensanguentada a uma igreja evangélica que tinha próximo de casa, eu fiquei feliz por que com certeza o pastor chamaria a polícia, mas quando chegamos lá o pastor disse que eu estava possuída pelo demônio que deveria voltar pra casa com meu marido e voltar no dia seguinte para o culto dos casais, não acreditei que eu ia voltar para meu cativeiro, chegando em casa ele olhava pra mim e dizia que tinha que matar o demônio, eu fiquei apavorada e tentei manter a calma e dizer que no outro dia o pastor ia retirar os demônios, essa tortura começou na parte da manhã e já era tarde da noite quando consegui acalmá-lo e fomos dormir, meu filho coitado estava com muito medo do pai dele me matar. Quando amanheceu eu peguei os documentos do meu filho e os meus e coloquei na mochila de escola dele e descemos por que ele tinha que pegar a perua escolar e naquele dia o meu dono havia deixado dinheiro para pagar a perua , ao chegarmos na rua eu disse ao meu filho que iria fugir, que não aguentava mais, e dei a opção para meu filho, se ele queria ficar com o papai ou viria com a mamãe e ele sem titubear escolheu ficar comigo, lembro que eu expliquei pra ele que a mamãe não tinha dinheiro e não sabia pra onde ir, foi então que eu ouvi a coisa mais linda da minha vida, ele me respondeu que não importava que ele confiava em mim e sabia que eu era capaz de cria-lo, neste momento eu recebi uma injeção de coragem de força tão grande que o peguei pela mão e começai a correr, mas eu estava tão desnorteada e envolvida pelo medo que eu no lugar de me afastar do prédio eu estava voltando, então meu filho mais uma vez me salvou e me conduziu para um local longe e em meio a chuva que caia naquela manhã fomos parar num curtume que eu não sei onde fica, lá pedimos socorro pro guarda que chamou a policia. Os policiais nos levaram para o distrito que eu também não me lembro,  chegando lá mais uma decepção, os policiais me trataram com desprezo como se eu fosse a culpada por ter apanhado, como se ele fosse a vitima, não aguentei ficar lá então não fiz B.O. e sai daquele local, pegamos um táxi e nos dirigimos à delegacia da mulher onde finalmente encontrei amparo, elas entenderam minha situação, me apoiaram e eu senti confiança em fazer o B.O., naquele mesmo dia nos encaminharam na casa abrigo feminina onde eu e meu filho ficamos por um mês, nesse tempo em que ficamos na casa abrigo meu filho não chegava no portão, eu saia acompanhada das policiais algumas vezes, a primeira foi para a delegacia encontra-lo, lá ele e o irmão advogado dele que o acompanhava tiveram  a cara de pau de mentir que eu era louca e blá blá blá, mas felizmente as mulheres da delegacia não acreditaram e marcaram uma audiência com o juiz para regularizar a separação e a situação da guarda do meu filho, como eu sai de casa com a roupa do corpo, eu e meu filho estávamos usando roupas doadas, tive que buscar nossas coisas no apartamento, neste dia fui acompanhada com as policiais que não me deixaram nem um segundo sozinha com ele, embora ele tenha tentado ficar só comigo. Enquanto eu fiquei na casa abrigo minhas forças foram crescendo, era como se eu estivesse me transformando em outra pessoa, aquela menina assustada estava morrendo e em seu lugar estava brotando uma mulher destemida, e foi esta mulher que apareceu na audiência junto ao Juiz. As policiais queria que eu fosse com meu filho para Belém, mas eu não queria mais fugir, não tinha mais medo dele, então eu pedi pra minha mãe ficar com meu filho caso algo acontecesse comigo e no dia da audiência perante ai Juiz eu abri mão de todos os bens, naquela época tínhamos uma agencia de modelos que estava dando um lucro, mas eu não queria nada daquilo eu só queria ser livre e ter meu filho ao meu lado, o resto eu conseguiria. Bem foi decidido a pensão que ele deveria pagar ao meu filho e a guarda ficaria comigo, eu assinei um documento abrindo mão dos bens materiais e como eu decidi ficar em Campinas a casa abrigo já não tinha mais como me proteger , eu teria que sair de lá, porém antes de sair do fórum fui ao banheiro e por algum tempo fiquei só e foi neste momento que ele se aproveitou e se aproximou de mim, ele me segurou pelo braço e me disse que me mataria e eu olhei dentro de seus olhos e respondi que então ele me matasse naquele momento porque se deixasse para depois quem o mataria seria eu caso ele se aproximasse de mim novamente, eu já não era mais a menina assustada, eu não tinha medo dele, eu não tinha medo de morrer, eu não tinha mais medo de viver, e neste momento ele soltou meu braço com um ar de susto como se não estivesse me reconhecendo. Saímos eu e meu filho da casa abrigo e fomos pra casa de uma tia minha e logo depois aluguei uma casa, arrumei emprego e a vida seguiu, ele ate tentou se aproximar mas minha postura forte e firme não permitia que ele me machucasse mais, então ele mudou a tática e veio com ar romântico e carinhoso só que esse método não me enganava e como ele não estava pagando pensão, foi expedido um pedido de prisão e ele veio na minha casa desesperado e eu assinei um recibo como se ele tivesse pago e disse que estava assinando a minha liberdade e ele prometeu não me atormentar mais e realmente o fez, ia visitar nosso filho, por que isso eu nunca neguei afinal ele foi um péssimo marido mas sempre foi um bom pai ao nosso filho. Mas algo me incomodava muito, aquela imagem de ex do fulano, aqueles locais tão cheios de lembranças eu não queria mais, então já estava namorando com outra pessoa na época  e fui conhecer a família dele em Joinville/SC e percebi que lá seria um ótimo local para realmente recomeçar a nossa vida, em um local onde ninguém nos conhecia e não sabia da nossa historia, e então larguei o emprego vendi  os poucos móveis que consegui comprar e nos mudamos pra Joinville, eu e meu filho finalmente pudemos recomeçar a nossa vida. O pai dele sempre que podia ia visita-lo e a vida fluiu. Hoje ele me respeita absurdamente e já pediu varias vezes perdão por tudo que fez pra mim. Meu filho terminou a faculdade, esta trabalhando, tem uma filha linda e uma esposa amorosa. Quanto à mim, estou em um novo relacionamento à 9 anos, voltei para São Paulo , estamos morando juntos a 2 meses. Eu e meu filho superamos tudo unidos,  aprendi a retirar o melhor de toda a situação, e desta minha historia terrível eu reconheço que eu cresci, hoje sou uma mulher diferente, decidida que pode não saber o que quer muitas vezes mas que tem certeza das coisas que não quer jamais, hoje eu me amo, me respeito e não permito que ninguém neste mundo me ofenda e falte com respeito por mim, aprendi que a vida é maravilhosa e eu quero viver muito e cada dia mais feliz.

Peço desculpas se o texto esta um pouco confuso, mas conforme fui escrevendo as lembranças me dominavam e a emoção era difícil de controlar. Hoje eu busco ajudar outras mulheres que estão sofrendo, que não acreditam que a felicidade existe,  procuro  mostrar à essas mulheres, que um dia fui eu, que sim elas podem conseguir ser livres, quero muito levar esperança à essas mulheres  por que eu sei  que é não ter esperança e não ver luz no fim do túnel.



29/01/2016

SER humano é diferente de ser humano - MULHERES E CRIANÇAS SÃO ESTUPRADAS PARA “PAGAR” ENTRADA NA EUROPA



(imagem retirada da internet)

Lendo a matéria abaixo, chego à uma conclusão: O "povo" europeu dito primeiro mundo, o "povo" americano a maior potência, o "povo" asiático com suas culturas milenares entre outros "povos", no fundo são todos seres capazes de barbáries, o que diferencia mesmo são as PESSOAS independente da raça a qual pertencem, temos o SER humano, aquele que se permite evoluir, que deseja um mundo de paz, que deseja estar em paz consigo e com o universo, e o ser humano, aquele que ainda olha os outros de sua espécie e de espécies diferentes como objetos disponíveis aos seus prazeres cruéis. 

Enquanto a humanidade continuar regredindo na evolução, nos tornaremos cada dia mais monstros e menos Ser humanos.

Segue a matéria :

MULHERES E CRIANÇAS SÃO ESTUPRADAS PARA “PAGAR” ENTRADA NA EUROPA

Por ACNUR, via Revista Fórum
Mulheres e meninas refugiadas e migrantes que se deslocam pela Europa enfrentam graves riscos de violência sexual e de gênero, destacou um relatório conjunto divulgado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) e a Comissão para Mulheres Refugiadas (WRC, sigla em inglês).
O ACNUR, o UNFPA e a WRC realizaram uma avaliação de campo sobre os riscos envolvidos na trajetória de mulheres e meninas refugiadas e migrantes na Grécia e na Macedônia, em novembro de 2015, e concluíram que as mulheres representavam o grupo mais vulnerável e que necessitavam de medidas adicionais de proteção.
O relatório aponta que diversas mulheres e meninas refugiadas e migrantes já haviam sido expostas a diferentes formas de violência sexual e de gênero tanto em seu país de origem, quanto em seu primeiro país de refúgio, assim como ao longo da viagem de chegada à Europa.
Algumas mulheres entrevistadas afirmaram terem sido forçadas a manter relações sexuais como moeda de troca para "pagar" pelas documentações necessárias para viajar ou mesmo pela própria viagem. Em alguns casos, mulheres e meninas foram tão relutantes em adiar a sua partida e a de suas famílias que se recusaram a denunciar crimes de violência sexual e de gênero, ou mesmo a procurarem atendimento médico.
"Muitas mulheres e meninas que viajam por conta própria estão totalmente expostas, não podem contar com sua família ou comunidade para as proteger", disse Vincent Cochetel, diretor do escritório do ACNUR para a Europa. "Mesmo aquelas que viajam com a família são vulneráveis a abusos. Muitas vezes elas não relatam os crimes e, portanto, não recebem o atendimento que necessitam. Algumas mulheres contam que chegaram a se casar por desespero".
Este relatório conjunto foi o primeiro produto de uma série de projetos e estudos que agências de ajuda e assistência estão realizando para que se possa avaliar com precisão os problemas existentes e recomendar ações assertivas para solucionar estas questões.
O relatório apontou que "mulheres solteiras viajando sozinhas ou com crianças, mulheres grávidas e lactantes, meninas adolescentes, crianças não acompanhadas, crianças que se casam precocemente (que em alguns casos estão com seus bebês recém-nascidos), pessoas portadoras de necessidades especiais e pessoas idosas estão particularmente em situação de risco e exigem uma resposta coordenada e eficaz de proteção".
Devido as severas condições de inverno deste mês, menos pessoas têm arriscado suas vidas em viagens marítimas para tentar chegar à Europa em comparação aos meses anteriores. Entretanto, uma média de 2.000 pessoas chegam por dia e as estatísticas mostram que uma porcentagem crescente delas são mulheres e crianças.
Até o dia 15 de janeiro de 2016, 55% das pessoas que chegaram eram mulheres e crianças. Em junho de 2015 eram apenas 27%.
Mediante as restrições impostas pelo governo e com o aumento do controle das fronteiras, as instalações de recepção e de trânsito podem ficar superlotadas e sob tensão, elevando ainda mais os riscos para as mulheres e meninas. Além disso, refugiadas e migrantes desesperadas podem recorrer a rotas ainda mais perigosas nas mãos de contrabandistas.
"A saúde e os direitos das vítimas de guerras e perseguições – especialmente mulheres, adolescentes e jovens – não deveriam ser tratados como uma reflexão posterior na resposta humanitária. O UNFPA está trabalhando com parceiros para garantir que as mulheres refugiadas e migrantes tenham acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e que possam se prevenir e combater a violência de gênero", disse o Dr. Babatunde Osotimehin, diretor executivo do UNFPA.
A resposta humanitária nas rotas do Mediterrâneo oriental e pelos Bálcãs ocidental tem priorizado a prevenção da violência sexual e de gênero em todas as atividades implementadas. A capacidade de prevenir, identificar e responder de forma adequada, no entanto, depende em grande parte dos Estados e Agências da União Europeia em assumir suas condizentes responsabilidades e adotar medidas apropriadas.
"Pelo fato das instalações de recepção na Europa não terem sido feitas para prevenir ou responder à violência de gênero, mulheres e crianças não estão recebendo a proteção que necessitam e merecem", disse Sarah Costa, diretora executiva da Comissão de Mulheres Refugiadas.
"Deveríamos nos comprometer com as intervenções que sabemos que irão ajudar, incluindo a contratação de especialistas de violência sexual e de gênero ao longo da rota".
A missão conjunta descobriu que a resposta atual dos governos, organizações humanitárias, instituições e agências da União Europeia e organizações da sociedade civil são inadequadas e não conseguem evitar e responder com eficácia ao perigo, exploração e múltiplas formas de violência de gênero que mulheres e meninas estão enfrentando por toda a Europa.
Como exemplo, apesar das tentativas do ACNUR e de seus parceiros em garantir o bem-estar por meio de abrigos segmentados por gênero, muitos carecem de privacidade, acesso seguro à água, saneamento adequado, centros de saúde e áreas para descanso para mulheres e crianças, expondo-as a um potencial risco de violência sexual e de gênero.
O relatório destacou algumas recomendações-chave para os governos e agências da União Europeia:
. Estabelecer um sistema de resposta coordenada para a proteção de mulheres e meninas dentro e fora das fronteiras;
. Reconhecer os riscos de proteção, capacitar funcionários e criar procedimentos específicos para prevenir, identificar e responder à violência sexual e de gênero;
. Garantir que as respostas à violência sexual e de gênero não façam com que as mulheres parem de denunciar os acontecimentos, ou deixem de acessar esses serviços; e
. Fornecer vias legais para a proteção, especialmente para mulheres, crianças e sobreviventes de violência sexual e de gênero, incluindo o reagrupamento familiar, e a priorização do realojamento e reinstalação para refugiados com necessidades específicas.

01/01/2016

QUE VENHA 2016



 Minha primeira postagem de 2016.

 Vendo as fotos da galera nas redes sociais, todos sorridentes, muitos abraços, beijos, todos demonstrando felicidade e harmonia. Alguns rodeados de muitas pessoas, outros em casa com a família, porém felizes e com esperança no olhar. É este sentimento que eu desejo a todos nós, um ano de 2016 com toda essa energia positiva sempre, que não faltem motivos para comemorar a vida junto a quem amamos, não importa onde estejamos, mas sim que estejamos com quem realmente nos faz feliz.

 Às vezes nos preocupamos tanto com coisas grandiosas e nos esquecemos que os detalhes é que no final faz a diferença, um simples filme na sala com alguém que amamos, aquele abraço no momento certo, brincar com aquela criança tão importante pra gente, entre outros momentos tão curriqueiros e essenciais, são eles que nos marcam a alma.

 Eu acredito que a humanidade está adoecendo porque estamos nos afastando a cada dia da nossa Natureza e nos transformando em robôs, estamos perdendo o jeito de amar, precisamos resgatar essa capacidade humana para não nos destruirmos.

 Que em 2016 consigamos ser mais humanos