08/08/2011

PAIS E FILHOS


(imagem retirada da internet)

Por que vemos tantos desentendimentos entre pais e filhos?

Com raras exceções a culpa é dos pais, ando observando uma troca absurda de "comando", um exemplo assustador são crianças com menos de 03 anos batendo em seus pais e o pior, os adultos em volta acham uma "graçinha" se esquece que este ser pequeno crescerá.

As crianças logo cedo percebem que ao chorar ou fazer alguma birra acabam ganhando o que desejam e este hábito às acompanham durante o crescimento, quando chegam à fase da adolescência querem continuar impondo seus desejos, então começam os problemas, os pais que anteriormente não colocavam limites nem responsabilidades querem escrever regras das quais os filhos nunca tiveram que seguir.

A mudança de posição começa quando os pais precisam se adequar à vida dos filhos, quando na realidade é justamente contrario, os filhos precisam entender que, enquanto não são auto-suficientes para administrar suas próprias vidas, assumindo sozinhos seus próprios erros e compromissos, têm que conviver com as regras dos pais. Em contrapartida, os pais precisam ouvir seus filhos, sair do pedestal de donos da verdade e tentar enxergar determinadas situações pela ótica dos filhos, com respeito mútuo, sempre aprendemos um com o outro e muitas vezes mudanças de opiniões são benéficas nas relações.

Não é raro ouvirmos jovens gabando-se de sua idade e dizendo que são donos de seus "narizes" (mesmo ainda sendo dependentes dos pais) e pais totalmente perdidos diante desta situação tentando resolver na base da força algo que poderia ser evitado lá atrás, na infância.

Através de diálogo, carinho, confiança e amor precisamos ensinar responsabilidades, deveres, obrigações, respeito e humildade aos nossos filhos, para crescerem adultos que saibam onde termina os seus direitos e começam os direitos dos outros, inclusive de seus pais.

Acredito que devido ao fato dos pais trabalharem fora de casa e sejam obrigados a deixar seus filhos com babás e nas escolas, estes ficam com sentimento de culpa e acabam por temerem em dizer NÃO a seus filhos, acontece que sempre dizer SIM não é prova de amor.




6 comentários:

Geli disse...

Concordo com você, Kátia!!
Trabalho justamente com criancas em um jardim de infância e é isso mesmo... parece que os pais tem medo dos filhos... e é um tal de ter que se respeitar a individualidade de cada um, que se esquece que é preciso primeiro ensinar... educar... para depois esse pequeno ser conquistar o seu espaco.
Canso de ver maes e pais pedindo permissao para o filho para poder ir embora, porque eles ainda tem que ir trabalhar... e muitas vezes sou obrigada a interferir.
Agora te pergunto: Como serao essas criancas quando crescerem?? Terao capacidade de enfrentar os naos que a vida certamente trará??
é uma pena... tantos seres que só necessitam de amor sincero... nao esse que se compra com brinquedos, mas aquele que prepara o filho para viver
um beijo
Angélica

KÁTIA OSÓRIO disse...

Angélica, imagino que vcs educadores consigam observar essa troca com mais facilidade..eu tenho um filho..e sempre digo não qdo axo necessário...sempre acompanhado de uma explicação..espero estar no caminho certo..resolvi escrever esse texto pq andei observando como as criações estão mudando...e oq se vê são mais jovens sem noção..adorei essa tua frase.."tantos seres que só necessitam de amor sincero... nao esse que se compra com brinquedos, mas aquele que prepara o filho para viver"..PERFEITA...um bjo e obrigada pela colaboração seja sempre bem vinda!

Anônimo disse...

Olá Kátia! Aqui é o Dom Paulo F. Concordo com vc. Tanto que recebi essa educação. Com muito amor, mas tinha comando. Muitas regras. Tive uma infância humilde, mas feliz. Mas chega a adolecência e com isso a rebeldia. Não sei se foi por más companhias, sei lá, comecei reprovar a educação que tinha recebido. Quando fiz 16 anos, saí de casa. Eu me achava dono do meu nariz. Depois de uma discussão com meus pais. Fiquei oito anos sem ver meus pais. Pra finalizar... nesse tempo lembrei dos sagrados ensinamentos do Sr Paulo e da Ciça... devido à muitas cagadas que fiz. Hoje temos um grande relacionamento de muito amor, respeito e união. Ainda bem que recebi essa tão "esquecida" educação.

É isso aê... BEIJOXXX QUERIDAAA!!

KÁTIA OSÓRIO disse...

Olá Don...mto bom teu comentário..um alerta na verdade..qdo somos jovens axamos que a vida é tda cor de rosa..eu também dei algumas cabeçadas por não me enquadrar nas regras devido à rebeldia..mas a base recebida foram fundamentais para meu crescimento e no momento que eu engoli meu orgulho e voltei..fui recebida com o mesmo carinho..

um bjo Don..e mais uma vez obrigada pela colaboração !

Carolina disse...

Aaah Ruiiiva !! É tão difícil essa questão. Eu acho que educar implica o uso de autoridade para estabelecer limites, SIM. Dar ordens e proibir o que as crianças e adolescentes ainda não são capazes de compreender, é função dos pais.
A gente não tem que carregar essa culpa da “ausência”. Eu não carrego. Se pudesse passaria o dia inteiro “lambendo a minha cria”. Ela é tudo pra mim...Mas se estou fora, trabalhando, estudando e sem tempo é pra tentar dar a ela uma vida melhor. Ser permissivo e delegar liberdade que ainda não cabem as crianças, como forma de suprir o sentimento de culpa, pode gerar um conflito de poder (principalmente quando os filhos chegam à fase da adolescência).
Nada que um final de semana não compense. Faça o pouco tempo que vc passa com seu filho valer a pena, é o mais importante. Sem esquecer, obviamente, o seu papel de EDUCADOR. Todos temos papéis dentro de uma família. É uma hierarquia, não dá pra fugir disso. Para fazer pessoas e resolver conflitos ninguém ainda inventou nada melhor do que o amor!!!


beijos Ruiva!

KÁTIA OSÓRIO disse...

CArol..que legal ve-la por aki..realmente..ficar lambendo nossa cria não existe nada melhor no mundo..e educar é dificil mesmo..preparar uma criança para a fase adulta..sabendo que nos pais somos tão falhos é mais complicado ainda..hehe...adorei essa tua frase:
"Faça o pouco tempo que vc passa com seu filho valer a pena, é o mais importante."..

Um bjoooo...obrigada pela colaboração!!