08/03/2016

Hoje dia 08 Março - Dia Internacional das Mulher

(Imagem retirada da internet)

Hoje dia 08 Março - Dia Internacional das Mulher.

 Agradeço as homenagens à nós mulheres, porém mais que flores e poemas, queremos RESPEITO.

 Queremos o direito à liberdade, queremos poder andar na rua sem ouvir grosserias e sermos molestadas, queremos ter salários equiparados aos dos homens, queremos COMPANHEIROS e não DONOS, queremos uma vida sem violência doméstica, queremos poder criar nossos filhos com dignidade, queremos o direito sobre nosso corpo, queremos o direito à nossa vida.

 Nossa luta ainda é grande, ainda hoje milhares de mulheres estão nas mãos de homens agressores, muitas morrem antes de conhecer a liberdade, que elas sejam honradas com a nossa persistência na luta, para que nossas filhas, netas, bisnetas e todas as gerações de mulheres possam respirar a liberdade para ser mulher!!

04/03/2016

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA TAMBÉM É AGRESSÃO

(imagem retirada da internet)

  Muitas pessoas acreditam que a violência doméstica é somente quando há agressão física, o que não é verdade, existe a agressão moral e psicológica.  

  Essas agressões deixam marcas profundas, isso por que o agressor mina a autoestima da mulher fazendo com que ela acredite ser incapaz de tomar suas próprias decisões, ele a diminui com palavras e ela passa a aceitar que não tem valor e que merece ser tratada com descaso e com violência, que não sobreviverá sem ele, então por medo e se sentindo um lixo a mulher não reage e acaba por aceitar esse tratamento desumano e violento.

  Esse abuso passa despercebido pela sociedade, afinal não existem hematomas aparentes, porém os hematomas estão escondidos, eles se escondem na alma da mulher, no seu íntimo, deixando-a refém de seu agressor.

  Mulher, não permita ser violentada desta maneira, não permita que seu esposo, namorado ou quaisquer outras pessoas faltem com respeito com você, grite ou tente lhe diminuir, não permita que retirem de você seu amor próprio e sua autoestima, ao primeiro sinal de violência procure ajuda, não se deixe aprisionar.

Ligue 180.

01/03/2016

Eu sou uma sobrevivente da violência doméstica - A morte de Kety

(imagem retirada da internet)

 Algumas pessoas me perguntaram por que eu resolvi contar a minha história, a resposta é para me libertar. 

 Passei muitos anos fingindo que nada tinha acontecido, tentei passar uma borracha encima do terror vivido, mudei  de Estado, a cor dos cabelos, através da musculação mudei meu corpo e até a cor dos meus olhos, mas eu revivia o inferno quando dormia através de pesadelos que me remetiam à minha vida passada, eu acordava assustada e me aliviava quando percebia que havia sido apenas um sonho ruim, mas esses fantasmas me assombravam sempre, então eu percebi que aquela menina, que a maioria conhecia como Kety, que era meiga, ingênua, cheia de sonhos e medos, havia sido assassinada covardemente, em seu lugar nasceu uma mulher forte, que contrário de Kety que se encolhia e chorava diante das agressões, levanta a cabeça e enfrenta o mundo pronto para guerrear, mas a Kety continuava ali sentadinha pedindo socorro e eu resolvi dar voz à ela.

 A morte de Kety não pode ficar em vão, isso porque outras meninas estão passando pelo mesmo sofrimento e terror que ela, e essas meninas precisam saber que existe sim vida sem agressões, que existe felicidade e que elas tem direito à essa felicidade, elas tem direito à viverem livres, e se eu, através da minha história, levar esperança e força para que essas milhares de Ketys conseguirem se libertar de seus agressores, estarei fazendo justiça à menina que um dia eu fui e que teve que amadurecer sozinha e à força.